UMA MULHER É ESTUPRADA A CADA 11 MINUTOS NO BRASIL, mas
estima-se que esse índice seja até 10 vezes maior, haja vista que apenas 10%
dos casos de estupro chegam a ser denunciados (por motivos óbvios: medo,
vergonha, ameaças). Casos de estupro nas festas universitárias, especialmente de calouros, são recorrentes nas mais diversas instituições de ensino de todo o país. Todos se lembram dos casos de estupro nos trotes da USP, por parte dos alunos veteranos. Igualmente comuns são aqueles nas próprias dependências dos campi, em situações diversas. Não é fato isolado - esse cenário é recorrente na vida das universitárias.
O Brasil é o 5o país que mais mata mulheres no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde citados no Mapa da Violência. Quase 30% dos feminicídios são ocorridos no lar, o que corresponde ao tripo do índice de assassinatos a homens dentro do mesmo âmbito doméstico. A violência contra a mulher, aquela em que o fato de ser mulher é determinante na perpetração do crime (uma atendente de caixa de supermercado morta a tiros por se recusar a entregar o dinheiro durante um assalto, por exemplo, não configura violência contra a mulher), é diária, independe de classe social e grau de formação - nem da vítima, nem do algoz.
O Caso Eloá foi só um dos inúmeros exemplos de mulheres vítimas de violência - em seus diversos níveis - por parceiros ciumentos ou inconformados com o fim do relacionamento. Ex-parceiros que ameaçam e perseguem; psicopatas que ficam à espreita de mulheres andando sozinhas nas ruas; assédios de raiva e lesões físicas cometidas por homens que se sentiram rejeitados. Não é difícil notar que existe uma violência perpetrada especialmente ao gênero feminino, à parte da violência generalizada.
O Brasil é o 5o país que mais mata mulheres no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde citados no Mapa da Violência. Quase 30% dos feminicídios são ocorridos no lar, o que corresponde ao tripo do índice de assassinatos a homens dentro do mesmo âmbito doméstico. A violência contra a mulher, aquela em que o fato de ser mulher é determinante na perpetração do crime (uma atendente de caixa de supermercado morta a tiros por se recusar a entregar o dinheiro durante um assalto, por exemplo, não configura violência contra a mulher), é diária, independe de classe social e grau de formação - nem da vítima, nem do algoz.
O Caso Eloá foi só um dos inúmeros exemplos de mulheres vítimas de violência - em seus diversos níveis - por parceiros ciumentos ou inconformados com o fim do relacionamento. Ex-parceiros que ameaçam e perseguem; psicopatas que ficam à espreita de mulheres andando sozinhas nas ruas; assédios de raiva e lesões físicas cometidas por homens que se sentiram rejeitados. Não é difícil notar que existe uma violência perpetrada especialmente ao gênero feminino, à parte da violência generalizada.
Como se isso não bastasse, também lidamos com a violência
não-física: a violência simbólica e psicológica, que podem ser ainda mais
perniciosas dada sua complexidade e sua característica de permanecer velada e
despercebida conscientemente. A falta de credibilidade em muitos meios
acadêmicos e profissionais pelo simples fato de ser mulher; a desonestidade de
muitos prestadores de serviço perante nossa suposta ignorância naquele domínio;
assédio nos ônibus e locais públicos onde encoxadas (e coisas piores) são
comuns; o medo de andar sozinha nas ruas; a objetificação sexual da mulher na
mídia; a mulher como enfeite sexual e estratégia para vender qualquer coisa; o
condicionamento social perverso que impõe que temos que ser bonitas acima de
tudo e que se não nos adequarmos ao padrão de beleza alienante não adianta
sermos mais nada; a coerção social para ter filhos, mesmo quando não os
desejamos, e a culpa imposta caso seguimos com nosso real desejo; assédio nas
ruas, onde ouvimos em voz alta o que o imbecilzão pensa de nosso corpo, como se
fôssemos frutas expostas numa prateleira de quitanda à mercê da opinião e
apalpe alheios.
Estar na rua é estar nos holofotes da opinião alheia sobre nosso corpo. |
Todo comentário é agressivo e aviltante, mas velado de "elogio". |
Assédio sexual no âmbito profissional são comuns. "Se pegar, pegou". |
Mulher objetificada na mídia. |
As indústrias de entretenimento e consumo transformando as mulheres em bonecas de pano moldáveis a todo e qualquer requerimento estético. Nunca estar satisfeita com seu corpo - esse é o lema. |
A sociedade ensina as mulheres a se protegerem, enquanto deveria ensinar os homens a não estuprarem. O que resta é viver no medo. |
Mas ainda tem gente que acha que falar em direitos das
mulheres é frescura. Pior: indignam-se ao ver "a persistência da violência contra
as mulheres" como tema de redação do ENEM. Revoltam-se, mais ainda, com
uma questão de múltipla escolha pedindo tão somente que se associasse a obra
"O Segundo Sexo" de Simone de Beauvoir ao movimento feminista. Alegam
que a prova fez doutrinação marxista e que os organizadores da prova são
"feminazis". Outros se incomodam em levantar o tema pois "é necessário falar dos homens também". Restringir-se ao debate da questão das mulheres, alegam, é dar privilégios a elas.
Fonte:
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/6-dados-que-revelam-a-gravidade-da-violencia-contra-a-mulher
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/6-dados-que-revelam-a-gravidade-da-violencia-contra-a-mulher
http://noticias.terra.com.br/mundo/violencia-contra-mulher/
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151108_violencia_mapa_brasil_2015_fd?ocid=socialflow_facebook
http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/mulherio/quando-as-universidades-vao-levar-o-tema-do-estupro-a-serio-o-caso-da-ufpr/
http://akina.jusbrasil.com.br/noticias/150973214/alunas-denunciam-estupros-em-festas-da-medicina-da-usp
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/maringa/classe-alta-ainda-esconde-a-violencia-contra-a-mulher-diz-secretaria-c0ffc55x5c24ujp9jm9v7rkge
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/maringa/classe-alta-ainda-esconde-a-violencia-contra-a-mulher-diz-secretaria-c0ffc55x5c24ujp9jm9v7rkge
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151108_violencia_mapa_brasil_2015_fd?ocid=socialflow_facebook
http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/mulherio/quando-as-universidades-vao-levar-o-tema-do-estupro-a-serio-o-caso-da-ufpr/
http://akina.jusbrasil.com.br/noticias/150973214/alunas-denunciam-estupros-em-festas-da-medicina-da-usp
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/maringa/classe-alta-ainda-esconde-a-violencia-contra-a-mulher-diz-secretaria-c0ffc55x5c24ujp9jm9v7rkge
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/maringa/classe-alta-ainda-esconde-a-violencia-contra-a-mulher-diz-secretaria-c0ffc55x5c24ujp9jm9v7rkge
Concordo plenamente com você e acrescentando; quantas vezes por não conhecer determinados serviços a mulher paga mais caro ... (oficina mecânica, serviços de conservação de residência etc) evidente que há profissionais sérios ... Não é uma regra, no entanto já constatei coisas relativas a isso pelo simples fato da mulher desconhecer tais serviços... sendo nessa atitude uma falta de respeito e uma pré ideia que mulheres não entendem ou não se interessam por carros ou trocar um chuveiro... pois isso pertence ao universo masculino. Dgt
ResponderExcluirConcordo plenamente com você e acrescentando; quantas vezes por não conhecer determinados serviços a mulher paga mais caro ... (oficina mecânica, serviços de conservação de residência etc) evidente que há profissionais sérios ... Não é uma regra, no entanto já constatei fatos relativos a isso pelo simples fato da mulher desconhecer tais serviços... Sendo nessa atitude uma falta de respeito e uma pré ideia que mulheres não entendem ou não se interessam por carros ou trocar um chuveiro... pois isso pertence ao universo masculino, gerando um preconceito em frases do tipo : temos que trocar a peça x y z e muitas vezes uma explicação superficial do problema menosprezando a capacidade de entendimento para certos assuntos ... Dgt
ResponderExcluirTexto excelente como sempre.
ResponderExcluirobs: Fico feliz de ver que voltou a postar, gosto muito dos seus posts.
Bem isso!
ResponderExcluirBjs,
Jana