quinta-feira, 9 de junho de 2011

A mentira da liberação sexual da mulher



Todos já perceberam que as mudanças sociais nas relações de gênero - impulsionadas graças ao feminismo, embora muitas pessoas (pior, mulheres!) cismem em torcer o nariz para ele - propiciaram uma maior liberação sexual da mulher. Felizmente, hoje escolhemos com quem e quando queremos nos casar, o ideal de virgindade até o casamento tende a minguar ligeiramente, podemos dormir na casa dos namorados ou recebê-los para dormir em nossa casa (digo dormir no sentido literal mesmo), nunca se deu tanta atenção ao desejo sexual feminino (inúmeras matérias em revistas tratam do que a mulher deseja, o que lhe dá prazer, incitam sobre o conhecimento de seu próprio corpo, etc), dentre outras conquistas.

Entretanto, essas mudanças positivas ainda se chocam com certas situações e valores ainda desorientados no que se refere à sexualidade feminina. Inúmeros são os exemplos; discutirei alguns deles.

A esmagadora maioria das mulheres continua receosa de tomar a iniciativa quando se interessa por um homem. Cansei de ver, seja em bares ou em outros locais, mulheres que se interessaram por determinado homem, mas de forma alguma cogitam ir até ele e puxar conversa. Ficam esperando que o homem em questão se aproxime e tome a iniciativa. O pior é que tem umas que sequer encaram o cara, não olham para ele, não “mandam sinais”, não demonstram interesse algum. Ou seja, não tomam a iniciativa e ainda esperam que o cara leia pensamentos para descobrir que uma mulher quase invisível no meio da multidão quer conhecê-lo.

Outro exemplo relevante é que muitas mulheres não sabem realmente o que é sentir tesão por um homem (embora acreditem que saibam). Elas namoram qualquer “bocó”. Basicamente, para muitas, basta ser homem, ter todos os dentes na boca (algumas mulheres não exigem nem isso, já que existe homem desdentado comprometido) e ser “legalzinho”. Já ouvi diversas vezes o seguinte comentário de mulheres que ficaram ou namoraram com um cara por quem não se sentiam realmente atraídas: “Ele é feio, não faz muito meu tipo, mas é muito legal”. Ora, um cara “feio, mas muito legal” é um amigo, não um namorado.

É claro que não estou defendendo que as mulheres devam namorar apenas os “Gianechinnis”; pelo contrário. Eu mesma sou uma mulher que não sente atração nenhuma (nenhuma mesmo) por esses caras estilo galã de novela das 8. Rodrigo Santoro, Bruno Gagliasso, Brad Pitt, [adicione aqui o nome de qualquer outro galã], não poderiam me ser mais desinteressantes. O que defendo é que as mulheres devem respeitar seus gostos e desejos e ficar com aqueles caras que são sexualmente atraentes para elas, mesmo que isso signifique ser pouco ou nada atraente para as demais pessoas (como é meu caso, por exemplo. Todas as mulheres que conheço acham tosquíssimos os caras que eu curto, tipo esse exemplo aqui. Fazer o quê? Eu jamais conseguiria achar atraente um desses caras com “cabelo de lego”). A questão é: por mais que o conceito de homem atraente para cada mulher varie, muitas delas acabam se envolvendo com homens não atraentes para elas mesmas, e sempre por um de dois motivos possíveis – note que elas podem até sonhar com um moreno de olhos verdes e barriga tanquinho, mas se aparecer qualquer Zé Ruela, elas topam.



No meu conceito "torto" de beleza, comparar o sem sal Jensen Ackles
 com o perfeito Andi Deris é sacanagem.
Sim, nesta ordem mesmo.

O primeiro é porque não consideram devidamente sua sexualidade. Por serem mulheres, não se sentem no direito de reivindicar por ela, já que paira sobre suas mentes, mesmo que inconscientemente, o conceito de que apenas o homem tem direito a usufruir plenamente de sua sexualidade. Muitas, portanto, nem ao menos sabem o que é sentir uma forte atração por um homem. Logo, pouco importa namorar um cara desinteressante sexualmente. Afinal, ele basicamente não passa de um amigo. E ressalvo que muitas dessas mulheres sequer têm a consciência de que o que sentem por seus namorados não é atração sexual, mas apenas amizade, carinho, afeição, ou qualquer outro sentimento que elas confundem com interesse sexual, já que não estão devidamente familiarizadas com a própria sexualidade.

Já soube, e não raras vezes, de mulheres que, conformadas, contaram a seus namorados que não conseguem atingir o orgasmo, já que, segundo elas mesmas, “é normal uma mulher não conseguir isso”. Da mesma forma, também vejo mulheres prezando por sua virgindade, mas nem de longe esperam o mesmo do namorado. Elas aceitam com a maior naturalidade, inclusive, homens que se relacionaram (ou, nos casos mais escrotos, que ainda se relacionam) com prostitutas. A reputação sexual delas é resguardada a todo custo (leia-se: “quanto menos parceiros, melhor”), enquanto a do homem responde à lógica inversa.

O segundo motivo é que muitas mulheres não suportam ficar sozinhas. As razões podem ser diversas e pessoais (histórico de pais separados, falta de figura paterna na infância, etc), mas é inegável que este fato desvenda forte relação com o que se espera das mulheres: não importa se você comprou um apartamento, foi promovida no trabalho ou comprou um carro novo sozinha; seu sucesso é sempre medido pelo seu estado civil. Para a sociedade, uma mulher solteira, que não “conseguiu” casar (pior ainda se não teve filhos) não atingiu sua completude. Esse fantasma assombra as meninas desde a infância, e desde muito novas somos impelidas a acreditar que o dia do casamento será o dia mais feliz de nossas vidas (repare que isso já supõe como fato certo que haverá o dia do casamento). Sendo assim, é muito freqüente ver mulheres que saem de longos relacionamentos e logo adentram em novos, com um intervalo de tempo extremamente curto entre ambos.

E nem preciso lembrar que os namorados não são exatamente príncipes encantados (já que o que importa é não estar sozinha), afinal, não está chovendo homem bonito e interessante pra gente repetidamente sair de um relacionamento e entrar em outro semanas depois. Minto; para as mulheres cuja exigência é apenas que o cara tenha um pênis e todos os dentes na boca, está sim.

Outro ponto que exemplifica como a liberação sexual das mulheres é arbitrária é em relação ao ato de posar nua, tão popular em nossa cultura (machista). Existe o argumento, extremamente pernicioso, de que esta atitude é uma das maiores expressões da suposta liberação sexual feminina. Hoje, faz parte da “carreira” de qualquer atriz/cantora/apresentadora/odiaboaquatro estampar as capas de revistas masculinas que servirão para os marmanjos ficarem beijando azulejo no banheiro. É como se fosse uma etapa natural da vida artística (perdoem-me os verdadeiros atores, mas fui a obrigada a incluir ex-reality shows na categoria de artistas).

Chegou-se ao ponto em que tudo isso se tornou tão normal que, para “variar” esse procedimento tão previsível, algumas (sub)celebridades realizaram ensaios sensuais com outra mulher (não sei os nomes, e nem quero pesquisar, mas muitos devem saber de quem estou falando. Vi isso, meses atrás, na página inicial do hotmail), ao mesmo tempo em que ressaltavam orgulhosamente sua heterossexualidade. Isto é, chegaram ao ponto de se envolver sexualmente (ou sensualmente, para quem preferir) e publicamente com outra mulher, mesmo sendo convictamente heterossexuais, pura e simplesmente para atender a um fetiche dos homens. Ora, de quem é essa revolução? E para quem?

A sexualidade feminina que se vende não poderia ser mais estereotipada, falsa, mercantilizada. A imagem de mulher que é vendida não é a da mulher real. É, além disso, um estereótipo de mulher-objeto, submissa, pronta para satisfazer o macho (no sentido mais grotescamente animal mesmo), disposta a servir seu corpo como única qualidade que tem, e apresentá-lo unicamente da forma que convir ao agrado do macho (não, bonecas infláveis. Vocês não põem peito de plástico por vocês. O que é melhor para vocês é serem naturais. Ou é super confortável ter dois bolsões de látex debaixo da pele? O pós-operatório, então...uma delícia, né amiga?!)

As mulheres das novas gerações estão fazendo mais sexo e cada vez mais cedo, é verdade. Mas sob que condições? Envergonhadas dos seios menores que das famosas, queixando-se das celulites, embaraçadas para experimentar determinadas posições pois estas evidenciam suas gordurinhas.

Que tipo de revolução sexual é essa? Mudou muita coisa poder agora fazer sexo, mas não fazê-lo devidamente por ter vergonha de seu corpo? Mudou muita coisa a mulher conquistar o direito de tomar a iniciativa num bar (e sei que muitos homens desejam isso), mas não fazê-lo por não se sentirem seguras para tal? Houve grande mudança em muitas conquistarem carreiras bem-sucedidas, se ainda assim apresentam uma carência afetiva gritante e não conseguem ficar poucos meses sem um companheiro?

Estimo imensamente nossas conquistas até agora. Mas também acredito que, principalmente no quesito da sexualidade, ainda temos muitos passos pela frente.



16 comentários:

  1. Eita, que beleza... :) Não foi um post, foi um "postão" mesmo! *rs Enquanto ia lendo, pensava em vários comentários que poderia fazer (livros e filmes, por exemplo). Mas agora o que mais me vem na cabeça é que, durante a "Revolução Sexual" de 1968, existiam vários movimentos de grupos "à margem" da sociedade protestando. A "segunda onda feminista" era apenas mais um deles, reinvidicando ao mesmo tempo os direitos do "sexo livre", das família não-nucleares, dos homossexuais e dos negros... Os direitos das mulheres ficaram tanto em quarto ou quinto planos que elas foram "obrigadas" a se desvincular dos outros movimentos e "recriar" o seu próprio. Um exemplo básico é que, nas comunidade alternativas criadas naquela época, as mulheres ainda eram as únicas responsáveis pela alimentação e pelo cuidado com as crianças. E o pior, por causa da "liberdade sexual", elas eram muitas vezes coagidas a fazer sexo, de acordo com as demandas dos homens. Que revolução eim? Tanto que muitas autoras femininas contemporâneas começaram a pensar/escrever sobre a situação da mulher a partir destas comunidades ditas "alternativas". Ixi guria, já tô no devaneio aqui, falamos mais quando nos encontrarmos no MSN. Gostei do post!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nicole,eis a oirigam da liberdade sexual feminina direcionada para o prazer masculino.è isso que as tais "feministas de terceira onda" tanto defendem,a liberação feminina baseada na exploração sexual,pautada pela pornografia,prostituição,vulgarização da mulher.E esta ideologia tem um apelo tão forte que hoje é quase imposível se posicionar contra a objetificação da muler,vide o fato de funk ser considerado "feminista" e da exlatação da Valesca Popozuda como "simbolo do feminismo".

      Excluir
  2. Conheci muitas adeptas do flerte telepático...

    Tem também as mulheres em que o sucesso material do homem serve como afrodisíaco. "O cara que eu to saindo não é muito bonito, mas tem uma BMW!"

    ResponderExcluir
  3. Paulo,

    Eu quase toquei nesse ponto,mas achei que ia ficar muito comprido e ia sair um pouco do tema.

    A idéia original da frase "(...)ou seja, não tomam a iniciativa e ainda esperam que o cara leia pensamentos para descobrir que uma mulher quase invisível no meio da multidão quer conhecê-lo" era: " não tomam a iniciativa e ainda esperam que o cara, além de ser um engenheiro bem sucedido, leia pensamentos".

    ResponderExcluir
  4. Olá.. vi que visitou meu blog e reparo também que temos opiniões parecidas em diversas coisas, especailmente em relação ao feminismo que também adoro falar sobre ele.

    Já estou te seguindo

    abrços

    ResponderExcluir
  5. Muito interessante...
    Se sair na rua e, aleatoriamente, perguntar a uma mulher quem é o homem ideal, ela vai dar uma série de características: Inteligente, afetuoso, companheiro, engraçado, mas que saiba falar sério quando necessário, e claro, que se entendam sexualmente. Claro, haverá variações sutis, mas pode-se dizer que o perfil girará em torno dessas características.
    A questão é que quando esse homem aparece, ele é "bom demais pra ser verdade", e a mulher acha que ele está mentindo. Se ele for determinado o suficiente, consegue provar que diz a verdade, porém aí ele é convertido em "melhor amigo", pois um homem assim não pode ser permitido a escapar, e namoros terminam... Aí ela guarda o "homem ideal" num pedestal, do qual ele não pode descer (e nem pediu pra estar lá), e se relaciona com o "Zé Ruela" que você citou no texto. Do meu ponto de vista, se realmente houve uma revolução feminista, se uma mulher QUER ficar com o cara que não a trata bem, que não a valoriza, se é por esse tipo de comportamento que ela sente atração, vá em frente. Mas o faça com consciência. O problema é que em 99% das vezes, a mulher fica com esse cara achando que um dia ele vai virar um príncipe... E o cara nem tem culpa, está estampado na cara do indivíduo que ele é assim mesmo e não tem o menor interesse em mudar. Infelizmente, a maioria das mulheres ainda acha que pode transformar carvão em diamente.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Você se esqueceu do condicionamento cultural machista: ser mulher é sofrer.Então,não é implesmente alegar que é "escolha dela",se fosse assim,violência doméstica não seria tão difícil de se combater.Nos somos educadas para nunca exigir muito mas dar o máximo de nós em relacionamentos.Os tais "Zé Ruelas" mais cedo ou mais tarde teriam que mudar seus comportamnetos escrotos para conseguirem namorada,não o fazem porque sabem que muitas de nós ainda são educadas para ter esta relação escravocrata com os namorados.

      Excluir
  6. oi bruna
    que bom que vc escreveu sobre o tema q eu falei,ficou ótimo,olha o machismo chega a ser tanto que esses dias um atorzinho de malhação disse q a mulher diferentemento do homem deveria se preservar e fundamentou com a seguinte frase "uma chva que abre várias fechaduras é uma chave-mestra,uma fechadura aberta por qualquer chave é considerada uma fechadura ruim" ve se pode.

    ResponderExcluir
  7. Uau!Quantas palavras rudes. Nunca me pareceu que mulheres estão em desvantagem com relação ao homem. Nasci em 1986.

    As mulheres são livres para qualquer tipo de ação ou atitude. Entretanto, há consequência para todo tipo de ação, positiva ou negativa, basta aceitar e estar pronta.

    Abri pouquíssimas fechaduras durante a minha vida, pois tenho mais a fazer do que preocupar-me com festas e frivolidades, por conta disso, uma fechadura seminova é o mínimo aceitável na escolha de uma namorada ou esposa.

    Chame isso de preconceito, machismo, o que for, não deixará de ocorrer ou existir tão breve, está na sociedade, faz parte do nosso condicionamento.

    Uma mulher de uma classe baixa tem maiores chances de obter conforto e segurança do que um homem de mesma classe. Aqui entra em cena o corpo e os jogos de sedução.

    Mulher de sucesso por mérito ou mulher de sucesso a partir dos ombros de um homem rico?

    Muito do que foi citado ocorre diariamente, não de forma absoluta, óbvio que não, mas de qualquer forma o seu discurso é exagerado e estimula os homens ao fortalecimento de músculos no peito e no braço em vez de "músculos cerebrais".

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acredito que não tenha lido o texto para fazer um comentário tão sem noção com o assunto,e ainda vir com auqela velha ladainha de que "machismo não existe mais" ou "não é tanto quanto antigamente"...e ainda nos cham ade "fechaduras".Palavras igualmente rude.

      Uma mulher de uma classe baixa tem maiores chances de obter conforto e segurança do que um homem de mesma classe. Aqui entra em cena o corpo e os jogos de sedução.

      Ah,então é assim que nós devemos conquistar o sucesso quando somos de classe baixa,como uma "bunda ambulante"? Curiosamente,somos nós que mas estudamos neste país( maior número nas universidades e escolas)...será emsmo que tantas de nós quer subir na vida usando o corpo?

      Sugiro que vc mude alguns conceitos seus em relação á nós,pois me parece que apesar do seu "ar de liberal",no fundo vc acha "natural na sociedade atutal" e um tanto "difícil" de se mudar.E teve a mesma reação que vejo tantos machistas tendo: chamar de exagero quando alguma situação machista é exposta pelas mulheres.

      Excluir
  8. Concordo totalmente com o texto!
    Outra coisa que eu reparei, é que as vezes algumas revistas (tipo Cláudia e etc) fazem matérias sobre a sexualidade feminina, porém tratam o assunto como se fosse mais uma maneira de agradar os homens, um dote a mais para conseguir um marido, ao invés de visar somente o prazer sexual da própria mulher. Eu já várias mulheres falando em conhecer o kama sutra, fazer pompoarismo simplismente para "agarrar" um homem, e não para sentir mais prazer com isso. :S
    Fora o fato que a grande maioria das mulheres acha que é normal o homem gozar em todas as relações e a mulher não!

    Muito bom seu blog :] acho que já li todos os textos que você postou ;p

    ResponderExcluir
  9. Mais uma vez um excelente texto.

    Pra mim, o fato de não tomar a iniciativa e não suportar ficar sozinha, revela uma mulher que apesar se auto-denominar moderna, no fundo é insegura e carente. Claro que nem todas são assim, existem exceções, mas uma boa parte é assim.

    Com relação ao orgasmo, algumas eu já vi na internet, culpando única e exclusivamente os homens por isso. Aí você pergunta a elas sobre masturbação, e algumas têm vergonha ou falta de interesse de se tocarem. Como o homem pode proporcionar prazer a uma mulher se nem ela mesmo se conhece?

    E para finalizar, esses dias vi uma matéria que falava e diferença do tesão que o homem e a mulher sente. O homem sente tesão simplesmente pelo que a mulher é, ou seja, linda, gostosa, etc.. e a mulher dificilmente olha para um homem e sente tesão. Para ela é necessário muitas vezes ele ser famoso, poderoso (entenda-se cheio da grana), ter destaque em alguma coisa, entre outras coisas. Claro que nem todas são assim, mas uma parte, infelizmente é. Assim a matéria falava de um desejo artificial e não natural presente cada vez mais na mente das mulheres, talvez influenciadas cada vez mais pela mídia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim!Bota desejo artificial nisso! É aquela velha estória que "homem vê beleza x mulher vê caráter(ou seria melhor,carteira de dinheiro??)".Nisso reforça-se o machismo que homem pode ser velho,barrigudo,feio,mas tem todo o direito de exigir mulheres 20,30 anos mais novas,em plena forma física.Se nós fazemos o mesmo,somos futeis e superficiais.Nunca temos o pleno direito de exigir beleza,virilidade,tem mulher que até se auto-censura quando imagina tais coisas.Nisso,a neurose feminina cresce com o decorrer da idade,o pavor de envelhecer,a estagnação social.
      Nós emsmas alimentamos estesistema cruel e o que mais me revolta é ver feminista se omitindo neste aspecto,mas "mandando ver" em tudo o que leva as mulheres a se auto-objetificarem!

      Excluir
  10. Bruna..conheci seu blog hoje através de uma matéria do Whiplash e adorei os posts, seu texto foi ótimo! e só pra citar: também acho o Deris uma graça! rsrsrs..

    Parabéns pelo blog.

    ResponderExcluir
  11. Olá Kátia,

    obrigada! Fico muito feliz por ter gostado de minhas idéias. Agradeço imensamente o Whiplash por ter "pescado" tanta gente interessante pra cá.

    Aparentemente temos muito em comum, então! Aqui no blog já tenho mais de 30 textos, todas nesta linha. Boa leitura, abraços!

    ResponderExcluir
  12. Eu acho essa "sexualidade feminina" que a revista NOVA prega, que a tv prega e até mesmo que o feminismo prega, muito forjada. Acho que uma mulher que não sabe respeitar o próprio corpo, que o dispõe a ser visto por qualquer pessoa, que aprende as mil posições não pelo próprio prazer, mas para mostrar que é "modernex" (isso inclui tranzar no primeiro encontro, parecer que está sempre no cio,etc) não quer dizer de forma alguma que elas usufrua da sua sexulidade, muitas vezes. Ás vezes ela só está cedendo DE NOVO a pressões machistas de nossa sociedade, que agora para ser mulher, TEM QUE transar, TEM QUE se vestir sensualmente, TEM QUE estar pronta para topar tudo na hora do sexo (mesmo que de fato,ela não queira, por vergonha ou por mil outros motivos).Se vc não for assim, vc é mal amada, baranga, tapada, insegura, etc.

    ResponderExcluir